Olá! Uma coisa que eu gosto de fazer quando tenho uns minutinhos livres é passear pela biblioteca e apenas olhar os livros… às vezes encontro alguns tesouros escondidos! E foi assim que encontrei o melhor livro da biblioteca! Aligators and music! Jacarés e música!
Jaca…rés…? Jacarés!!! Não tem como não copiar alguns trechos do livro e traduzir aqui.
“There remains one final point to consider. The question could be asked, ‘Why alligators?’ The most immediate answer that springs to mind is, ‘Why not alligators?’ Perhaps some children will be able to supply better answers.”
“Resta um ponto final a considerar. A pergunta podia ser feita, ‘Por que jacarés?’ A resposta mais imediata que salta à mente é, ‘Por que não jacarés?’ Talvez algumas crianças possam dar resposta melhors.” (tradução minha)
A dedicatória do livro também é fabulosa:
“This book is dedicated to musical alligators; no, to musical instruments; no, to musicians; no… to myself itself, that divine spark which can elevate musicians, their instruments, and even alligators to dizzy, wonderful heights.”
“Este livro é dedicado a jacarés musicais; não, a instrumentos musicais; não, a músicos; não… a mim mesmo, aquele clarão divino que pode elevar músicos, seus instrumentos, e mesmo jacarés a estonteantes, maravilhosas alturas.” (tradução minha)
As ilustrações… As ilustrações do livro vocês têm que ver!! Vou colocar algumas aqui junto com as descrições traduzidas. Os instrumentos são divididos em famílias: cordas, madeiras, metais, percussão, instrumentos sem família, outros e o condutor.
Então em homenagem ao Lazuli, que recentemente comprou um violino…
“A orquestra inteira é só um pano de fundo para mim. Ela prepara o clima para mim e quando eu toco com todos os meus companheiros, então todos podem ver o que uma orquestra realmente é! Eu toco as melodias, eu produzo MÚSICA, eu sou o tal. Cordas que vibram – é isso que eu sou – e quando o arco é passado por cima delas e os dedos do violinista correm pra cima e pra baixo no meu pescoço, as melodias que saem vão partir seu coração ou agitar seu sangue. E apesar de eu contribuir tanto, eu exijo muito, também, pois se eu não for manejado perfeitamente, vou ranger e arranhar e não é pra isso que eu fui feito! Às vezes me pergunto porque os outros instrumentos são necessários. Por que as sinfonias não foram feitas apenas para violinos? Esse é um pensamento! Mas é possível que eu esteja errado, que os outros sejam realmente necessários? Ridículo! Eu podia fazer tudo sozinho – eu acho.”
Em homenagem à Isis, minha bixete flautista preferida:
“Não há nada mais importante que a pureza – pureza de espírito, pureza de sentimento. E como alguém pode ser puro a menos que seja feito, como eu sou, das mais finas madeiras, ou de ouro ou prata? Pode ser verdade que algumas pessoas nem sempre me consideram tão importante como alguns outros instrumentos, mas isso é porque eu não me importo realmente com sobrepujar todo o resto. Isso não seria puro. Eu estou completamente contente por fazer o tipo de música para o qual fui criada e apesar de sempre consistir de algumas notas sozinhas, uma por vez, pode ser uma cascata delas, para cima e para baixo na escala e sempre pura e limpa. Se eu for ouvida e apreciada, isso está bom, mas não é necessário. Para ser pura, alguém deve estar preocupado não com o que as pessoas pensam, mas com o que ele é. E eu sou pura.”
Pra Anna, os instrumentos de percussão que ficaram na categoria outros.
“Então nós fomos colocados aqui num tipo de miscelânia, fomos?! Isso é uma página “encaixa-tudo”, é isso, porque não somos considerados suficientemente importantes para ganharmos páginas para nós mesmos?! Nós nem temos um título no topo da página! Bom, deixa pra lá! Nós sabemos que nós temos contribuições únicas e valiosas para a orquestra e que elas são importantes nelas mesmas. Tente comer um bife sem sal, batatas sem manteiga, tortillas mexicanas sem pimenta! Viu? Nós adicionamos tempero à orquestra, riqueza nos sons que seriam de outra forma suaves, cores às pequenas simples melodias! Nós somos o xilofone, o pandeiro, o carrilhão, o gongo, a caixa. Mas nós não ganhamos nossas próprias páginas então não vamos te falar qual é qual! Descubra você mesmo!”
E o meu querido piano, também preferido da Lethy!
“Eu me ergo sozinho. Eu sou o príncipe! Eu sou o príncipe dos instrumentos, o príncipe dos fazedores-de-música. Forte, suave, rápido, devagar, feliz, triste – eu posso ser e eu sou tudo isso e muito mais. Eu posso produzir sons que são como os delicados suspiros dos amantes, os trovões de tempestades, as piadas dos palhaços, as alegrias da vida, as dores da morte. Eu posso ser superficial, posso ser profundo, posso ser como a natureza ou posso ser preciso e cuidadoso como a aritmética. Posso ser tocado sozinho, ou posso ser tocado com uma orquestra inteira no fundo sem ser sobrepujado. Eu fico sozinho no meu palácio real. Mas príncipe ou não, eu existo por uma única razão, uma razão que me dá vida e alma. Eu existo por causa da música e enquanto eu for o príncipe dos instrumentos, a música é minha rainha!”
Então é isso que eu tinha a dizer sobre o livro!
Agora posso dizer que uma vez estava no Lago de Charqueada com a Lethy, a Moni e o Kon e tinha algo estranho no lago. Eu falei que era um jacaré, mas ninguém acreditou em mim. Eu tirei uma foto, olhei depois no computador, dei zoom e é claro que era um jacaré mesmo! Na verdade, dois. Ou talvez fossem crocodilos, não sei. Desde então voltei várias vezes ao lago mas nunca mais vi nenhum jacaré nem crocodilo.
Mas eu dei um jacaré de presente pra ela! De pelúcia, claro. Essa foto provavelmente é uma das fotos mais aleatórias do mundo. Apenas duas meninas com microfones, um caderno e um jacaré de pelúcia.
Até mais!