Livro: Mozart – The Real Amadeus

Olá! O post de hoje é sobre (mais) um livro que peguei aleatoriamente na biblioteca. O critério de seleção aleatória usado foi ver o título e o tamanho do livro. Aí peguei da prateleira e, folheando, vi que o livro era muito lindo e resolvi levar pra casa!


imagem da capa que peguei no google porque o livro da biblioteca tem uma etiqueta gigante na cara do coitado do Mozart

Gosto de livros visualmente atrativos, coloridos, com fotos e ilustrações relevantes. Dá mais gosto de ler. Acho que o design de livros também pode ser considerado uma arte!

Mozart: The Real Amadeus

“Queridíssimo Papai, não posso escrever em verso, pois não sou poeta. Não posso arranjar palavras e frases artisticamente para produzir efeitos de luz e sombra, pois não sou pintor. Mesmo através de sinais e gestos não posso expressar meus pensamentos e sentimentos, pois não sou dançarino. Mas posso fazê-lo através dos sons, pois sou um compositor.
Wolfgang
8 de novembro de 1777”
(tradução minha)

Mozart nem é um dos meus compositores preferidos para tocar, mas acho a vida dele interessante. Este livro conta o que aconteceu desde sua infância até sua morte, aos 35 anos. Depois tem um “apêndice” de documentos em preto e branco, com cartas, comentários de outros músicos, textos sobre suas óperas e Mozart retratado na literatura e cinema.

Um breve descrição sobre o compositor, para quem não conhece: Wolfgang Amadeus Mozart é um músico do período clássico; embora seja usado o termo “música clássica” como sinônimo de “música erudita” e isso seja aceitável, a rigor música clássica é a música do período clássico (que vai de aproximadamente 1750 a 1810), assim como música barroca é a música do período barroco. Mozart nasceu em 1756 e morreu em 1791. Ele foi uma criança prodígio, assim como sua irmã, Maria Anna (carinhosamente chamada de Nannerl). O pai, Leopold, viajava para exibir seus filhos prodígios para os nobres. No entanto, quando Nannerl fez dezesseis anos, ele continuou viajando apenas com Wolfgang e a encarregou de cuidar da casa e dar aulas para bancar as viagens dos dois. Ela era tão talentosa quanto seu irmão, mas numa época que não dava muita oportunidade para mulheres, infelizmente.

Quanto a Wolfgang, ele sempre foi despreocupado com questões de dinheiro, muito brincalhão e espontâneo. Muitas vezes teve a graça dos nobres por onde passou, outras vezes por um capricho deles era desprezado. Se recusava a dar aulas, pois “um gênio como ele não deveria desperdiçar seu dom ensinando os outros”. (como professora, isso me revolta muito!) Casou-se com Constanze, e teve um casamento feliz, apesar de apenas dois de seus filhos terem sobrevivido à infância. Teve um envolvimento com a maçonaria; é esse o tema da série de livros “Mozart – O Grande Mago”, que ainda quero ler. Morreu doente, e alguns acreditam que foi vítima de envenenamento. O filme Amadeus mostra isso, explorando principalmente a rivalidade com outro compositor da época, Salieri. (entretanto, existem registros que sugerem que na verdade eles eram amigos)

“Quando criança, a irmã de Mozart, Maria Anna (Nannerl) tocava o teclado tão brilhantemente quanto seu irmão, mas depois que ela fez dezesseis anos Leopold a deixou para trás quando levou Wolfgang para o exterior. Não houve pensamento de carreira para ela como musicista profissional, simplesmente por causa de seu sexo. Ela tentou comport e foi entusiasticamente encorajada por Wolfgang, mas seus esforços foram ignorados por Leopold.”
(tradução minha)

A leitura do livro não é “chata” como muitos livros biográficos costumam ser. Dá para ler rápido e a quantidade de imagens ajuda a leitura a fluir. Li quase o livro inteiro durante as viagens de ônibus em um fim de semana em São Paulo (tudo bem que andei muito naqueles dias, mas mesmo assim). Aliás, coincidentemente encontrei chocolates de Mozart e de sua esposa Constanze em uma loja na Liberdade!

Mozart

“O jovem Beethoven visita Mozart. O biografista de Mozart do século 19, Otto Jahn, descreve a cena: ‘A pedido de Mozart, Beethoven tocou. Mozart, achando que era uma peça de festa aprendida de coração, foi gentil mas não se impressionou. Beethoven entendeu, e pediu a Mozart um tema sobre o qual ele pudesse improvisar livremente. …Ele tocou tão brilhantemente que Mozart, indo para a sala ao lado onde alguns amigos estavam esperando, exclamou: “Prestem atenção neste homem; um dia ele terá o mundo falando sobre ele.”‘”
(tradução minha) (muitas aspas pra um parágrafo só)

Tem muitas citações legais no livro, como dá pra ver pelo que eu coloquei entre os parágrafos neste post.

Mozart: The Real Amadeus

Book Challenge

Esse livro faz parte do meu Book Challenge, um desafio que vi no blog da Melina e propõe que você leia um livro em inglês por mês, para incentivar a leitura nesse idioma! Gosto de ler livros em inglês, já tenho facilidade de leitura e se tornou algo normal pra mim. Aqui no blog já postei outros livros em inglês, The Piano Man e The Piano Man’s Daughter, que apesar do nome não têm nada a ver um com o outro. Como nem todos os livros do meu challenge serão musicais, vou postar os que não forem no meu blog “pessoal”. (não que este não seja pessoal, é que prefiro postar apenas sobre música aqui e outros assuntos lá!) E incluirei link pros livros do challenge nos posts da série What I’m reading.

Mozart: The Real Amadeus

“Em suas viagens ele chegou à casa de X, cujo filho de doze anos mostrava grande promessa no teclado. ‘Senhor Mestre de Capela’, disse o menino, ‘gostaria de compor alguma coisa. Como eu começo?’
‘Não faça nada, nada mesmo. Você deve esperar.’
‘Mas você estava compondo quando era muito mais jovem do que sou agora.’
‘Mas eu não perguntei! Se você tem a compulsão para fazê-lo, isso te compele e te atormenta; você tem que fazê-lo, e você o faz, sem perguntar.’
O menino ficou envergonhado e cabisbaixo assim que Mozart soltou sua enxurrada de palavras, e finalmente disse, ‘Apenas quis dizer que talvez você pudesse me recomendar um livro para que eu pudesse aprender a maneira certa de fazer isso.’
‘Veja’, Mozart respondeu mais gentilmente, passando a mão na bochecha do menino, ‘nada disso importa. Aqui, aqui e aqui (apontando para suas orelhas, testa e coração) – é aí que seu livro de instruções está. Se você tem isso certo aí, então pegue sua caneta, e assim que você tiver sua composição em papel, você pode pedir a opinião de uma pessoa informada.'”
Georg Nikolaus Nissen
Biographie W. A. Mozarts, 1828
(tradução minha)

Continuem lendo e até a próxima! ( ̄▽ ̄)ノ

Detalhes do livro no skoob
É possível importar esse livro na Cultura!


Ataque de Mozarts no mangá Piano no Mori!!


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